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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Minha cirurgia bariátrica

Pessoal, acabei de sair de uma cirurgia bariátrica. Só que ela é bem diferente das que os cirurgiões já realizaram. Diferente porque quem a fez fui eu mesmo. É verdade. Eu me operei e reduzi o tamanho do meu estômago. Só que essa redução ocorreu no meu cérebro. Reduzi o tamanho do meu estômago no meu cérebro. Isso não tem nada a ver com as teorias do Lair Ribeiro. Isso tem a ver com o Marcos David Muhlpointner.

Ou vai... ou vai!!! Não tem outra possibilidade.

Ouvindo uma pregação do Dr Augustus N. Lopes, ele citou a experiência de um pastor que tinha problemas com a pornografia na internet. Quando a esposa dele o descobriu, ele foi orientado a ser radical na sua luta contra a imoralidade. Ele nunca mais viajou de laptop, pedia quartos sem televisão, quando não conseguia um quarto assim, ele mesmo tirava a televisão do quarto... tudo isso para conseguir vencer sua compulsão por sexo. Pelo que percebo e estudo, ser radical para provocar mudanças comportamentais é o principal motivador para a realização de um propósito. E com a perda de peso não é diferente. Se não houver disciplina, determinação, luta e esforço nada será conseguido.

Ainda estou na UTI pós-cirurgia, mas as perspectivas são as melhores. Não posso receber visitas ainda - tenho que me resguardar por, pelo menos, 30 dias. É nesse momento que a região operada fica mais sensível, mais vulnerável. Serão dias de constante análise da evolução do quadro. Os pontos podem se soltar e eu não aguentaria uma nova cirurgia. Preciso me adaptar a essa nova realidade e a minha cabeça precisa se acostumar com essa situação.

Passei pelo centro cirúrgico várias vezes ao longo da minha vida, mas sempre recuava por vários motivos: medo, falta de vontade, vergonha. Mas no fundo mesmo, acho que o principal motivo que me fazia não encarar essa cirurgia era a necessidade de mudar de comportamento, sair da zona de conforto. Quando me acostumo com alguma coisa boa é muito difícil eu desejar largar. Na verdade, isso acontece com todas as pessoas. Mas no meu caso, minha obesidade estava me levando a várias mortes. E eu amo a vida. Não quero morrer, pelo menos não agora. 

Posso receber apenas ligações e emails. O médico aconselhou a evitar contato direto com as pessoas para me manter focado e não ter nenhuma recaída. Não que os meus amigos não sejam boa influência. Nada disso. Os meus amigos são maravilhosos. Mas é apenas um período de resguardo. Lembro-me que o apóstolo Paulo passou por um período desses de reflexão para assumir uma nova postura na vida. É disso que estou precisando.

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